O voo Kolibrí festivaali ofereceu um passeio pelas paisagens emblemáticas, tantos que não foi apenas um evento. Nosso Kolibrí tem raizes iberoamericanas e vai crescendo, brilhando e percorrendo uma Finlândia, esperamos, cada vez mais plena e multicultural.
Kolibrí iniciou sua viagem na primavera, recorreu em uma semana da pipa em cinco bibliotecas de Espoo e desde lá, a Malmitato, Helsinki, na inesquecível KesäFiesta ao ar livre. Mais de 1000 pessoas, entre crianças e não tão crianças foram disfrutar das oficinas, sabores tradicionais e espetáculos.
No outono, o Festival ampliou sua proposta, painéis de discussão, exibição de fotografias e de pintura de crianças mexicanas, espetáculos ao vivo, diversidade de oficinas e uma festa muito familiar, promoveram a convivência e o aprendizado entre as culturas, o uso das línguas maternas e a presença da família, desde os avós até os bebês.
Nas palavras de Laura Gazzotti, coordenadora geral e sonhadora do Kolibrí, este outono foi generoso. Incesantes agradecimentos cruzaram as redes sociais, as entidades colaboradoras, artistas, palestrantes e dezenas de voluntários. Por trás da organização do Kolibrí há uma equipe muito valente, entre eles Yesmith Sánchez, que qualifica o trabalho dos voluntários como de “tirar o chapéu”. Nada mais claro.
Na biblioteca de Entresse se iniciou a veloz partida do Kolibrí. A qualidade do debate “Novos finlandeses” foi inesquecível. A apresentação do livro “Uusia Suomalasia” de Anni Valtonen e da fototógrafa Milka Alanen junto com a exibição de fotos formou um perfeito inicio para falar dos atuais desafios das famílias e a multiculturalidade na Finlândia. Uma valiosa coperação entre Kolibrí, a ONG Família e a biblioteca de Entresse.
O festival seguiu com o roda de conversa sobre a língua paterna em Tiedekulma da Universidade de Helsinki. O público foi incrível. As experiências compartilhadas, os dados e também como os muitos desafios sobre o trabalho de manter vivas suas línguas de origem nos pequenos é um tema que não é novo. Sobre tudo, este papel na história dos pais parece ser novidade. As palavras chaves: esta tarefa sim é possível, só requer constância e paciência.
A biblioteca Entresse abriu suas portas dia 26 de setembro ao Kolibrí para uma linda Festa de Família. As quase 200 famílias se moviam agilmente entre as oficinas, construindo pipas, pintando um gigante retrato interior, escutando contos, dançando Flamenco, cantando e conhecendo a música andina, e também imprimindo e pintando seu próprio Kolibrí (beija flor). Foi reconhecido pelas famílias a possibilidade de participar das atividades seguindo seus próprios horários e ritmo de seus filhos. A visita mais pequena tinha apenas 4 semana de vida. Kolibrí, continuava sua viagem de outono: impreso no coração das crianças através de suas coloridas camisetas.

Photo by: Mariana Gomez Quintero