Os laços de trabalho e familiares têm sido o motivo mais comum para se mudar para a Finlândia. Na última edição ouvimos 19 línguas diferentes serem faladas no festival, e tivemos no palco artistas e trabalhadores culturais de 22 nacionalidades diferentes; isso significa que Kolibrí é um espaço para ouvir as vozes da imigração baseada na família. Vozes que raramente estão presentes na discussão pública. A fim de oferecer uma participação ativa no processo de planejamento de políticas, dois workshops foram organizados pelo Ministério do Interior finlandês durante os dias das famílias no Kolibrí Festivaali, o primeiro no sábado, 25.9.2021 no Vuotalo, Helsinque e o segundo no domingo 26.9.2021 no Centro Cultural de Arte Pessi, em Vantaa.

Famílias, artistas, voluntários e equipe de produção do festival foram convidados a criar slogans respondendo à pergunta: De que tipo de política de imigração a Finlândia precisa? O ministério recolheu mais de 70 respostas relacionadas a políticas de integração, autorizações de residência e estatuto de refugiado. Para discutir o assunto online (Twitter e Instagram) o Ministério também utilizou a hashtag #maahanmuuttopolitiikka.

Mariana Salgado, Designer de Serviços do Ministério do Interior, facilitou as oficinas incentivando os participantes do festival a participarem da discussão de políticas públicas. Os workshops aconteceram no contexto de um projeto estabelecido pelo ministério para definir objetivos a longo prazo para a política de migração abrangente da Finlândia. Você pode ler mais sobre isso no blog do Ministério. “Queremos estabelecer um diálogo ativo com as várias partes interessadas e oferecer-lhes oportunidades de participar e influenciar o trabalho e o Kolibrí nos ofereceu uma plataforma valiosa para chegar às famílias interessadas neste tema”, afirma Salgado.

De acordo com o relatório de Salgado, as famílias do Kolibrí estavam preocupadas com o bem-estar e a integração de todos os membros da família. As respostas mostraram que o trabalho é fundamental para a integração e que vários participantes desejaram mais ajuda na procura de oportunidades de emprego para ambos os parceiros. Alguns apontaram que a validação de diplomas universitários estrangeiros deve ser agilizada. Os participantes também destacaram a necessidade de mais oportunidades para pessoas que não falam finlandês. Eles pediram não apenas mais flexibilidade nos cursos de línguas, mas também cursos de integração cultural que os ajudassem a ter um melhor entendimento das idiossincrasias finlandesas. Além disso, muitos participantes afirmaram a necessidade de agilizar o processo de tomada de decisão em relação às autorizações de residência ou de ajuda para facilitar o processo. Alguns participantes também sugeriram levar em consideração os avós nas políticas de imigração familiar.

Esperamos que esta iniciativa seja replicada em outros espaços culturais e artísticos e em outros lugares da Finlândia. Se você estiver interessado em saber mais sobre os workshops, você pode ler este blog. Além disso, o Ministério do Interior está abrindo a questão para todos. Se você não respondeu à pergunta durante o Kolibrí, mas deseja contribuir, você ainda pode fazer através do Otakantaa.

Se você tem interesse em saber mais sobre o Kolibrí como plataforma de participação das vozes dos imigrantes, e tem uma ideia para considerar, escreva para nós no email info(at)ninho.fi.